O Plano da Redenção Revelado no Santuário e a Hora do Juízo Divino


1. Introdução

Referência Bíblica Principal: Hebreus 8:1,2Apocalipse 11:1

O Santuário, tanto terrestre quanto celestial, é um tema de profunda importância na Bíblia, revelando o grandioso plano de Deus para a salvação da humanidade. Desde a sua concepção detalhada por instrução divina a Moisés, até a sua contraparte celestial no ministério de Jesus Cristo, o santuário serve como um modelo didático que nos ajuda a compreender a natureza do pecado, o caminho da expiação e a justiça de Deus. Ele não é apenas um local físico, mas uma verdade teológica central que ilustra a intercessão de Cristo e o desenrolar do juízo divino. Ao explorarmos o santuário, desvendamos camadas do amor de Deus, Sua soberania e Seu desejo ardente de nos reconciliar consigo mesmo, preparando-nos para o encontro final com Ele.

O Apocalipse é repleto de referências ao santuário celestial (Ap 7:15; 14:15,17). Ao longo do livro, João descreveu o que viu no santuário: os candelabros, o altar, a arca da aliança e o incensário (Ap 1:12; 8:3; 11:19). Na introdução de cada visão do Apocalipse, é apresentada uma cena do santuário celestial.

Perguntas, Respostas e Comentários

1. Qual o propósito de Deus ao instruir a construção do santuário terrestre e o que João viu sobre o santuário celestial? Êxodo 25:8,9Apocalipse 11:19.

Resposta: Deus ordenou a Moisés a construção do santuário terrestre como uma maquete didática para ilustrar o plano da redenção e servir como um centro visível para o verdadeiro culto, manifestando Sua presença e combatendo a adoração pagã. Esse santuário era uma cópia adaptada do "verdadeiro tabernáculo" celestial, um modelo do qual Moisés recebeu no Monte Sinai. João, em sua visão do Céu, viu o santuário de Deus, repleto de referências ao santuário celestial, incluindo os candelabros, o altar, a arca da aliança e o incensário.

O santuário terrestre não era um fim em si mesmo, mas um símbolo poderoso que apontava para uma realidade maior e celestial. A sua existência terrena era fundamental para que o povo de Israel pudesse compreender a profundidade do plano da salvação, que seria plenamente revelado em Cristo. A visão de João no Apocalipse confirma a existência de um santuário original no Céu, mostrando que o que Deus estabeleceu na Terra tinha um correspondente divino, enfatizando a continuidade do ministério de Deus em favor da humanidade. O design detalhado do santuário e seus móveis tinham propósitos específicos, todos prefigurando aspectos do ministério de Cristo.


2. Quais eram os principais móveis do santuário terrestre e o que eles representavam simbolicamente? Êxodo 31:7-9.

Resposta: No átrio ou pátio, havia o altar dos sacrifícios (Lv 1:9), simbolizando Cristo que Se entregaria como sacrifício de aroma suave (Ef 5:2), e a bacia com água para purificação (Êx 30:18), representando o Espírito Santo (Jo 7:37-39), a Palavra (Jo 13:10; 15:3; Ef 5:26) e o batismo (Jo 3:5; Rm 6:3-6; 1Jo 5:8). No lugar santo , à direita, ficava a mesa dos pães (Êx 25:30), com doze pães (Lv 24:5) que representavam Jesus, o pão da vida (Jo 6:48); no lado esquerdo, o candelabro de ouro (Êx 40:24), com sete lâmpadas acesas continuamente (Êx 25:37; Lv 24:2), simbolizando Jesus como a luz do mundo (Jo 8:12). João viu o candelabro no Céu (Ap 1:12), as sete tochas ardendo diante do trono de Deus (Ap 4:5) e Jesus no meio dos sete candeeiros (Ap 1:12-18). Diante do véu, o altar de incenso (Êx 30:1-3; 40:26), o sacerdote queimava incenso de manhã e à tarde (Êx 30:7,8), representava as orações dos santos que sobem a Deus por meio da intercessão de Jesus. João também viu um altar de ouro diante do trono de Deus no Céu (Ap 8:3) e disse que o incenso subia com as orações dos santos (Ap 8:3, 4). No lugar santíssimo, o mais sagrado, ficava a arca da aliança, contendo as tábuas da lei de Deus (Ap 11:19), e o propiciatório, onde a presença de Deus era visível (Êx 25:21,22), simbolizando Seu trono. No Apocalipse, o Senhor é retratado assentado sobre um trono glorioso (Ap 4:2).

Cada elemento do santuário terrestre era ricamente simbólico, apontando de forma precisa para Jesus Cristo e o Seu ministério salvífico. Desde o sacrifício no altar do pátio que prefigurava Sua morte expiatória no Calvário , até os elementos no Lugar Santo que representavam Seu papel como a Palavra Viva, a Luz do mundo e o Intercessor, tudo convergia para Ele. A Arca da Aliança no Lugar Santíssimo, contendo a Lei de Deus, demonstrava a centralidade da Lei no governo divino e a fidelidade de Deus à Sua aliança, um princípio que se mantém no santuário celestial. Compreender esses símbolos é fundamental para entender o plano completo da redenção.

3. Quais eram os dois serviços realizados no santuário terrestre e como eles prefiguravam o ministério de Cristo? Êxodo 29:38-42; Levítico 23:27,28.

Resposta: Havia dois serviços: o diário e o anual. O serviço diário, realizado no pátio e no lugar santo (Êx 27:21; 30:7,8; Hb 9:6), envolvia sacrifícios contínuos que simbolizavam a constante disposição de Cristo em perdoar os pecados e a provisão para aqueles que transgrediam e aceitavam pela fé os méritos do futuro sacrifício do "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8). O serviço anual era o Dia da Expiação (Yom Kippur), realizado no décimo dia do sétimo mês (Êx 30:10; Lv 16:2,12-17). Nesse dia, o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo para fazer a expiação e a purificação do santuário, lidando com os pecados de todo o povo de forma coletiva. Esses serviços prefiguravam o sacrifício substitutivo de Cristo no "pátio" (Calvário), Sua mediação sacerdotal no "lugar santo" (após ascensão), e Seu ministério sumo sacerdotal de juízo final no "lugar santíssimo" (a partir de 1844).

O serviço diário lidava com os pecados em base individual; no serviço anual, todo o cerimonial assumia um componente de purificação e eliminação dos pecados do povo (Lv 16).
O sistema de sacrifícios do Antigo Testamento, embora incapaz de remover o pecado por si mesmo, ensinava a terrível natureza do pecado e apontava para Jesus Cristo como o único que pode perdoar a culpa. A morte de Jesus na cruz, o "Está consumado" , cumpriu o simbolismo dos sacrifícios diários, sendo o sacrifício expiatório realizado de uma vez por todas. Após Sua ascensão, Jesus iniciou Seu ministério sacerdotal no santuário celestial como nosso Mediador e Intercessor. Esse ministério, prefigurado pelos serviços diários, é onde os méritos de Seu sacrifício são creditados àqueles que nEle creem. O Dia da Expiação, por sua vez, apontava para o ministério final de Cristo no Lugar Santíssimo do santuário celestial, que é o Juízo Investigativo.
A cruz é tudo o que Deus precisa para perdoar. Logo, qual a necessidade do santuário?

4. Quem é o Sumo Sacerdote no santuário celestial e qual é a obra que Ele desempenha? Hebreus 8:1-5; 7:25

Resposta: O único que pode exercer o ofício de Sumo Sacerdote no santuário celestial é Jesus Cristo (1Tm 2:5; At 4:11,12). Ele é o mediador único e suficiente entre Deus e o ser humano (2Co 5:18), possuindo as credenciais de ser plenamente Deus e plenamente homem. A obra que Jesus Cristo desempenha no santuário celestial é a de salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Quando nos arrependemos e pedimos perdão, Ele intercede por nós diante do Pai, oferecendo os méritos de Seu sangue (1Jo 1:7,9; 2:1,2). Os méritos do sacrifício de Cristo são creditados "a todo o que Nele crê" por meio de Seu ministério sacerdotal.

O sacerdócio de Cristo no Céu é de uma natureza superior ao sacerdócio levítico terrestre. Ele não é um sacerdote que precisa oferecer sacrifícios repetidamente, pois Seu sacrifício na cruz foi perfeito, completo e único. A intercessão de Jesus é contínua, garantindo que o pecador arrependido tenha acesso a Deus. Ele é o nosso Advogado, que nunca perdeu uma causa. Essa verdade oferece uma segurança inestimável ao crente, sabendo que, mesmo em face de acusações, temos um Representante perfeito que já pagou o preço pelos nossos pecados. É por meio da Sua atuação que a justiça de Cristo nos é imputada, tornando-nos aceitáveis diante de Deus.

5. O que significa a "purificação do santuário" mencionada em Daniel 8:14 e o que ela representa para o tempo do fim?

Resposta: A profecia de Daniel 8:14 sobre a purificação do santuário após 2.300 tardes e manhãs se refere ao início do juízo celestial, ou Juízo Investigativo, que teve início em 22 de outubro de 1844. Assim como os pecados de Israel contaminavam o santuário terrestre, nossos pecados são registrados nos livros do Céu, "contaminando" o santuário celestial. A purificação do santuário é, portanto, a fase do juízo onde os livros de registros celestiais são abertos, e os casos dos que aceitaram a Cristo e tiveram seus nomes escritos no livro da vida são examinados para que Deus possa justificar Seu caráter diante do universo e definir quem estará salvo por ocasião da volta de Jesus.

O conceito de purificação do santuário celestial pode parecer estranho, mas é fundamental para a compreensão do ministério contínuo de Cristo. Não se trata de uma impureza literal em Deus, mas da necessidade de vindicação do caráter divino diante do universo. Os pecados confessados e perdoados são removidos dos registros, simbolizando a purificação. O Juízo Investigativo, que começou em 1844, não é para determinar se Deus sabe quem é salvo, mas para justificar Sua retidão diante de todos os seres criados. Ele garante que o universo testemunhe a justiça e misericórdia de Deus ao lidar com o pecado e os pecadores, antes que o juízo executivo final seja realizado. É um período solene de exame e decisão celestial.

6. O que ocorrerá quando o ministério intercessor de Cristo, no santuário celestial, for encerrado? Apocalipse 14:14-20.

Resposta: Quando o ministério intercessor de Cristo no santuário celestial for encerrado, ocorrerá a segunda vinda de Jesus à Terra para realizar uma dupla colheita: a salvação dos filhos de Deus e a condenação dos que rejeitaram o Senhor.

Apocalipse 14:14-20 descreve um evento crucial no fim dos tempos, onde a obra de Cristo como intercessor cessa, dando lugar à fase executiva do plano de salvação. A "ceifa" do trigo representa o resgate dos justos, enquanto a "vindima" e o lançamento das uvas no lagar da cólera de Deus simbolizam o juízo final sobre os ímpios. É um momento de desfecho, onde o pecado e tudo o que está ligado ao mal serão erradicados, não por capricho divino, mas como consequência da rejeição contínua à Fonte da Vida. Isso ressalta a importância da decisão individual e da aceitação da graça de Deus enquanto há tempo.

Pontos de Vista sobre o Assunto:

- Ponto de Vista Teológico (Adventista do Sétimo Dia): O ministério de Cristo no santuário celestial é central para a doutrina Adventista do Sétimo Dia. A compreensão do Juízo Investigativo, iniciado em 1844, como a purificação do santuário celestial, é vista como o cumprimento profético do Dia da Expiação. Este juízo é para vindicar o caráter de Deus diante do universo e demonstrar a justiça de Suas decisões, revelando quem são os verdadeiros seguidores de Cristo. A Lei de Deus, contida na arca da aliança no Lugar Santíssimo, é a norma para este julgamento, e a salvação é pela graça mediante a fé em Cristo, que nos capacita a viver em conformidade com essa Lei.

Ponto de Vista Prático (Vida Cristã Diária): A realidade do santuário celestial e do juízo divino tem implicações profundas para a vida do crente. Saber que Jesus é nosso Advogado e Intercessor contínuo nos dá confiança para nos achegarmos a Deus. Ao mesmo tempo, a iminência do juízo nos convoca a uma vida de santidade e obediência à Lei de Deus, que é o padrão de conduta. Não somos salvos por obras, mas a fé verdadeira se manifesta em obediência e no desejo de glorificar a Deus em tudo o que fazemos. O santuário celestial é um lembrete constante da seriedade do pecado e da grandeza do sacrifício de Cristo para nos purificar.

Resumo do Estudo:

Este estudo aprofundado sobre o santuário revela o magnífico plano da redenção orquestrado por Deus. O santuário terrestre serviu como uma "maquete" detalhada, prefigurando o ministério celestial de Jesus Cristo. Cada móvel e serviço, desde o sacrifício diário até o serviço anual do Dia da Expiação, apontava para o perfeito sacrifício e a intercessão contínua de Cristo. Atualmente, Jesus atua como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial , intercedendo por nós e aplicando os méritos de Sua morte. purificação do santuário celestial, iniciada em 1844, corresponde ao Juízo Investigativo , onde os registros são examinados para vindicar o caráter de Deus e definir quem será salvo. Este juízo, com a Lei de Deus como sua norma, é uma realidade que nos convida à fé, à obediência e a uma vida de submissão ao nosso Advogado, Jesus Cristo.

Minha Decisão:

Diante das verdades profundas sobre o santuário celestial e o juízo divino, decido viver com um senso renovado de reverência e gratidão pela obra sacerdotal de Jesus Cristo. Compreendo que meu destino eterno está seguro em Suas mãos, pois Ele é meu Advogado perfeito. Meu compromisso é entregar-me totalmente a Ele, permitindo que Sua justiça seja imputada ao meu caráter e que Seu Espírito me capacite a viver em obediência aos Seus mandamentos, não como meio de salvação, mas como expressão do meu amor e gratidão pela graça imerecida que me foi concedida. Que minha vida seja um testemunho diário da transformação que Ele opera, glorificando a Deus em cada ação e pensamento.

Chamada para Ação (CTA):

Deseja saber mais sobre o ministério de Cristo no santuário celestial e o significado do juízo para sua vida hoje? Mergulhe mais fundo na Palavra de Deus e explore as profecias bíblicas! Que este estudo inspire você a uma entrega completa a Jesus, o nosso único Caminho, a Verdade e a Vida.

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