Dois poderes em conflito

Dois Poderes em Conflito
Introdução:
Porque estudar o livro de Daniel?
- É inspirado por Deus;
- É especialmente dirigido às pessoas que vivem no tempo derradeiro da história terrestre.
- Proporciona esperança e otimismo nestes tempos de crise sucessivas, de violência e agressividade inusitadas e de confusão de valores e crenças.
    O livro de Daniel é dividido em dois seguimentos: História e profecias.
- Profecia: Quando?
- História: Como?
Propósitos de Deus para as profecias:
a) Habilitar o Seu povo a se preparar para o futuro (1Ts 5:3).
b) Crescer nossa confiança na Bíblia (Jo 14:29).
Qual o conselho que Jesus deu sobre as profecias de Daniel? Mt 24:15. "Quem lê entenda."
Para que tempo as profecias de Daniel se aplicam? Qual é a época específica de que falam? Dn 12:4,6,8,9 - "Encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim."
    O nome Daniel vem de duas palavras: El = Eloh; Dã = tribo dos juízes.
    Então a interpretação literal de Daniel é: O Deus da justiça e julgamento "Deus é meu juiz".
1. O livro de Daniel apresenta, em sua introdução, duas cidades em conflito. Quais são elas? Daniel 1:1
    Duas cidades: Babilônia e Jerusalém. Dois Reis: Nabucodonosor e Jeoaquim.
    Desde o início do livro vemos em marcha o grande conflito entre o bem e o mal, entre o culto pagão e adoração ao verdadeiro Deus. Logo no primeiro verso, duas cidades se destacam. Jerusalém, capital dos povo de Deus, e Babilônia, capital idólatra que representa a sede do poder que se opõe a Deus. De fato, estas duas cidades são mencionadas em toda a Bíblia, do Gênesis (4:17; 10:10) ao Apocalipse (14 e 18; 21:2,3), e podemos ver a intensa luta entre a luz e as trevas, a verdade e o erro em cada momento da história.
2. O que Deus permitiu que Nabucodonosor fizesse ao Seu povo? Daniel 1:2.
    O cativeiro babilônico é uma prova de que o Senhor controla os acontecimentos na história e dirige Seu povo. Era Sua intenção que os judeus fossem escravizados pelos babilônicos (caldeus) para abrir-lhes os olhos para as consequências de sua rebelião, de modo a poder, futuramente, conduzi-los a um estilo de vida melhor. Várias advertências haviam sido dadas denunciando seus pecados, mas nenhuma reforma foi vista (Is 39:6,7; Jeremias 25:11). Deus então, para cumprir Seus propósitos e salvar Seu povo, permitiu o cativeiro, entregando-os a Nabucodonosor.
TRÊS DESAFIOS DOS JOVENS HEBREUS

Analisemos alguns aspectos: 

- Eles eram estrangeiros em terra estranha, cativos do rei da Babilônia;

- Eles foram escolhidos para ocupar posições importantes no reino da Babilônia.

3. Qual foi o primeiro desafio imposto aos jovens cativos na Babilônia? Daniel 1:3,4.
Primeiro desafio: Cultural (social).
    Vendo nesses jovens a promessa de habilidade digna de nota, Nabucodonosor determinou que fossem educados para ocupar importantes posições em seu reino. Para que pudessem ser plenamente capacitados para sua carreira, ele fez arranjos para que aprendessem a língua dos caldeus, e que por três anos lhes fossem asseguradas as vantagens incomuns da educação fornecida aos príncipes do reino (Profetas e Reis, Cap 39, P, 305).
4. Qual foi o segundo desafio que Daniel e seus amigos tiveram que se submeter durante três anos? Daniel 1:5,6.
Segundo desafio: Regime alimentar (físico).
    Eles foram convidados a participar das iguarias do rei; o que fariam? Eles sabiam que aquele não era o tipo de alimento que Deus desejava que comessem (Lv 11; Pv 20:1). Eles foram tentados a comer coisas que Deus não aprova, pois eram alimentos e bebidas prejudiciais à saúde e destroem o corpo, que é o templo do Espírito Santo (1Co 3:16,17; 6:19, 20; 10:31).
   “Logo no princípio de sua carreira veio-lhes uma decisiva prova de caráter. Fora determinado que eles comessem o alimento e bebessem o vinho que se servia na mesa do rei. Nisto o rei pensava dar lhes uma expressão do seu favor e sua solicitude pelo bem-estar deles. Mas como uma porção do alimento era oferecida aos ídolos, o alimento da mesa do rei era consagrado à idolatria; e quem deles participasse seria considerado como estando a oferecer homenagens aos deuses de Babilônia. A tal homenagem a lealdade de Daniel e seus companheiros a Jeová lhes proibiu de participar. A simples simulação de haver comido o alimento ou bebido o vinho seria uma negação de sua fé. Proceder assim era enfileirar-se ao lado do paganismo e desonrar os princípios da lei de Deus. Não ousaram eles a se arriscarem ao enervante efeito do luxo e dissipação sobre o desenvolvimento físico, mental e espiritual.” Profetas e Reis, Cap 39, P, 305.
    Por que no livro de Daniel, Deus começa com uma história e não uma profecia?
5. Que atitude Daniel tomou com relação à dieta determinada pelo rei? Daniel 1:8.
    “Mas Daniel não hesitou. A aprovação de Deus era-lhe mais cara que o favor do mais poderoso potentado da Terra — mais cara mesmo que a própria vida. Ele se determinou permanecer firme em sua integridade, fossem quais fossem os resultados. Ele “assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia”. Daniel 1:8. E nesta resolução foi apoiado por seus três companheiros. Tomando esta decisão, os jovens hebreus não agiram presunçosamente, mas em firme confiança em Deus. Não escolheram ser singulares, mas sê-lo-iam de preferência a desonrar a Deus. Tivessem eles se comprometido com o erro neste caso rendendo-se à pressão das circunstâncias, e este abandono do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso do direito e sua capacidade de aborrecer o erro. O primeiro passo errado tê-los-ia levado a outros, de maneira que, cortada sua ligação com o Céu, eles seriam varridos pela tentação”. Profetas e Reis, Cap 39, P, 306.
    Os jovens haviam aprendido a desenvolver hábitos corretos que promoviam a saúde plena, pois a capacidade intelectual, a força física e a longevidade dependem de leis imutáveis criadas por Deus.
6. Que experimento Daniel propôs ao cozinheiro-chefe e qual foi o resultado? Daniel 1:11-16.
    Daniel foi assertivo no momento de prova, manteve-se fiel a Deus e decidiu seguir os princípios de temperança. “Daniel apelou então a Aspenaz, o oficial a cujo cargo especial estavam os jovens hebreus, suplicando-lhe fossem eles dispensados de comer o alimento do rei e de beber o seu vinho. Pediu-lhe que fosse feita uma prova de dez dias, durante os quais os jovens hebreus seriam supridos com alimentos simples, enquanto seus companheiros comeriam as delícias do rei”. Profetas e Reis, Cap 39, P, 307.
    “Aspenaz, embora temeroso de que condescendendo com este pedido pudesse incorrer no desagrado do rei, consentiu não obstante; e Daniel sabia que sua causa estava ganha (Profetas e Reis, Cap 39, P, 307).
    Ao final dos 10 dias Daniel e seus amigos pareciam mais saudáveis. Aspenaz percebeu que esses jovens haviam feito a escolha certa. Portanto, permitiu que eles continuassem com o seu estilo alimentar. “Apareceram os seus semblantes melhores; eles estavam mais gordos do que todos os mancebos que comiam porção do manjar do rei.” Na aparência pessoal os jovens hebreus mostraram marcada superioridade sobre seus companheiros. Como resultado, Daniel e seus companheiros tiveram permissão de continuar com a sua dieta simples em todo o período de sua educação”. Profetas e Reis, Cap 39, P, 307.
7. O terceiro desafio refere-se à mudança dos nomes. Que novos nomes receberam Daniel e seus amigos? Daniel 1:7.
Terceiro desafio: Mudança da identidade (mental).
    Os nomes de Daniel e seus companheiros foram mudados para nomes que representavam divindades caldéias. Grande significação era atribuída aos nomes dados pelos pais hebreus a seus filhos. Freqüentemente representavam traços de caráter que os pais desejavam ver desenvolvidos no filho. O príncipe a cujo cargo foram os jovens cativos colocados “lhes pôs outros nomes, a saber:
a) Daniel: "Deus é meu juiz" pôs o de Beltessazar "Bel proteja sua vida; guarda dos tesouros escondidos de Bel";
b) Hananias: "O Senhor é bondoso comigo" o de Sadraque "inspiração ao deus sol",
c) Misael: "Semelhante a Deus" o de Mesaque "servo da deusa sheba";
d) Azarias: "O Senhor é meu ajudador" o de Abede-Nego "o servo de Nebo".
    O rei não compeliu os jovens hebreus a renunciarem sua fé em favor da idolatria, mas esperava alcançar isto gradualmente. Dando nomes significativos de idolatria, levando-os diariamente a íntima associação com costumes idólatras e sob a influência de sedutores ritos do culto pagão, ele esperava induzi-los a renunciar à religião de sua nação e unir-se ao culto dos babilônios (Profetas e Reis, Cap 39, P, 305.)
    

RECOMPENSAS

8. O que Deus deus aos jovens representando a vitória no conflito entre o bem e o mal? Daniel 1:17,19,20.

    “Durante três anos, os moços hebreus estudaram para adquirir conhecimento “nas letras e na língua dos caldeus”. Daniel 1:15, 17. Durante este tempo, eles conservaram firme sua submissão a Deus, e constantemente se mostraram dependentes do Seu poder. Aos seus hábitos de abnegação eles uniram o fervor de propósito, a diligência e firmeza. Não foi o orgulho ou ambição que os levou à corte do rei — à companhia dos que não conheciam nem temiam a Deus; eram cativos em terra estranha, aí levados pela Infinita Sabedoria. Separados das influências do lar e de sagradas associações, eles procuraram desempenhar-se de maneira recomendável, para honra de seu povo oprimido, e para glória dAquele de quem eram servos”. Profetas e Reis, Cap 39, P, 307.

    “O Senhor considerou com aprovação a firmeza e abnegação dos jovens hebreus, e sua pureza de motivos; e Sua bênção os assistiu. Ele lhes “deu o conhecimento e inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos”. Daniel 1:17. Cumpriu-se a promessa: “Aos que Me honram honrarei”. 1 Samuel 2:30.

    “Em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino; por isso permaneceram diante do rei”. Daniel 1:19. Na corte de Babilônia estavam reunidos representantes de todas as terras, homens do mais alto talento e mais ricamente dotados com dons naturais, e possuidores da cultura mais vasta que o mundo poderia oferecer; não obstante entre todos eles os jovens hebreus não tiveram competidor. Em força e beleza física, em vigor mental e dotes literários, não tinham rival. A forma ereta, o passo firme e elástico, a fisionomia agradável, os sentidos lúcidos, o hábito puro — eram todos certificados mais que suficientes de bons hábitos, insígnia da nobreza com que a natureza honra aos que são obedientes a suas leis”. Profetas e Reis, Cap 39, P, 308.

Conclusão

    “Entre os filhos de Israel que foram levados cativos para Babilônia no início dos setenta anos do cativeiro havia cristãos patriotas, homens que eram tão fiéis ao princípio como o aço, e que se não deixariam corromper pelo egoísmo, mas honrariam a Deus com prejuízo de tudo para si”. Na terra de seu cativeiro esses homens deviam levar avante o propósito de Deus de dar às nações pagãs as bênçãos que vêm pelo conhecimento de Jeová. Deviam eles ser Seus representantes. Jamais deviam comprometer-se com idólatras; sua fé e seu nome como adoradores do Deus vivo deveriam ser levados como alta honra. E isto eles fizeram. Na prosperidade e na adversidade honraram a Deus; e Deus os honrou a eles. Profetas e Reis, Cap 39, P, 304.
    “Entre os que se mantiveram obedientes a Deus estavam Daniel e seus três companheiros — nobres exemplos do que os homens podem tornar-se quando unidos com o Deus da sabedoria e poder.”  Profetas e Reis, Cap 39, P, 304.
Decisão:
    Após conhecer melhor a história de Daniel e de seus três amigos, desejo demonstrar em minha vida a mesma firmeza de caráter que eles demonstraram tomando as seguintes decisões:
[ ] Não permitirei que elementos de minha cultura, contrários aos ensinos da Palavra de Deus, sejam assimilados em minha vida.
[ ] Não usarei alimentos condenados pela Bíblia (Lv 11), nem farei uso de qualquer tipo de alimentos e bebidas nociva a saúde (Pv 20:1; 23:31-35).
[ ] Não me dobrarei aos ídolos modernos, mas adorarei somente ao Deus verdadeiro.

Referências:
Estudos Bíblicos: Bíblia Fácil - DanielRevelando os Mistérios de Daniel.
Espírito de Profecia. Profetas e Reis, 305-307.

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