A Doutrina da União com Cristo e a Frutificação em Jesus, a Videira Verdadeira

Objetivo: Aprofundar a compreensão da declaração de Jesus "Eu sou a videira verdadeira" em João 15, explorando a divindade de Cristo, a necessidade vital da permanência, o trabalho do Pai como lavrador e o propósito da frutificação.


Parte 1: A Videira de Israel e a Nova Realidade em Cristo

a) Como Israel é simbolizado nesses textos? Que expectativas Deus tinha para Sua "vinha", e qual foi o resultado (em Isaías)? Leia Isaías 5:1-7 e Salmos 80:8-16.

Resposta: Israel é simbolizado como a vinha ou videira de Deus. Deus esperava que produzisse "uvas boas", ou seja, justiça e retidão. No entanto, Isaías 5:2 e 4 mostra que ela produziu "uvas bravas" e "fruto silvestre", simbolizando sua falha e degeneração moral.

    Essa simbologia prepara o terreno para a declaração de Jesus. Israel, a vinha escolhida, falhou em cumprir o propósito de Deus. Isso demonstra a necessidade de uma "Videira Verdadeira", uma que realmente produza o fruto desejado por Deus, uma que não dependa da fragilidade humana.

b) Por que Jesus se declara a "videira verdadeira" (alēthinē)? O que essa palavra adiciona à compreensão de Sua identidade e papel? Leia João 15:1.

Resposta: Jesus se declara a "videira verdadeira" para indicar que Ele é a realidade ideal e perfeita da qual as vinhas do Antigo Testamento (Israel) eram apenas tipos ou sombras imperfeitas. Ele é a concretização do plano de Deus para produzir um povo frutífero.

    O "Tratado de Teologia Adventista" destaca que "a verdade de Cristo não é apenas conformidade com fatos, mas a própria realidade substancial e essencial do que Deus pretendeu, em contraste com o que é falso ou incompleto." Jesus é a Videira que não falha.


Parte 2: Jesus: O "Eu Sou" Que É a Essência da Vida Espiritual

Leia João 15:4-5 e reflita sobre a repetição da palavra "permanecer" (menō).

a) Qual é a condição sine qua non para um ramo dar fruto, e qual é a condição para um discípulo dar fruto? O que acontece com o ramo (ou discípulo) que não permanece?

Resposta: Um ramo não pode dar fruto de si mesmo se não permanecer na videira. Da mesma forma, um discípulo não pode dar fruto se não permanecer em Jesus. O ramo que não permanece é cortado, seca e é lançado ao fogo, indicando a esterilidade e a perda da vida espiritual para aqueles que não têm uma conexão genuína e vital com Cristo.

    A permanência é uma união vital, não meramente uma aceitação intelectual. É uma dependência constante e humilde de Cristo como a fonte de toda a seiva espiritual. Sem essa conexão, não há vida nem fruto, como ressalta Ellen G. White em "O Desejado de Todas as Nações".

Considere João 15:1 novamente à luz de Êxodo 3:14.

b) De que forma a declaração "Eu sou a videira verdadeira" se encaixa nas outras declarações "Eu Sou" de Jesus e em Sua divindade?

Resposta: Assim como outras declarações "Eu Sou" (ego eimi) (como o Pão da Vida, a Luz do Mundo, a Porta, o Bom Pastor, a Ressurreição e a Vida, o Caminho, a Verdade e a Vida), a "Videira Verdadeira" é uma reivindicação da divindade de Jesus. Ele se identifica com o YHWH autoexistente de Êxodo 3:14, afirmando que Ele é a própria fonte e sustentáculo da vida espiritual e do crescimento.

    O "Comentário Bíblico Adventista" explica que "as declarações 'Eu Sou' de Cristo em João não são apenas metáforas, mas afirmações explícitas de Sua divindade e de Sua natureza essencial como o próprio Deus". A videira é uma expressão de Sua soberania sobre a vida.


Parte 3: O Lavrador, a Poda Divina e a Glória da Frutificação

a) Qual é o papel do Pai como o "lavrador" em relação aos ramos? De que forma a "poda" (limpeza) se aplica à vida do crente que dá fruto? Leia João 15:2-3.

Resposta: O Pai remove os ramos que não dão fruto e poda (limpa) aqueles que dão fruto. A poda para o crente que já frutifica representa a disciplina amorosa de Deus, as provações e a remoção de impedimentos ao crescimento e a uma frutificação ainda maior, mesmo que seja um processo doloroso.

    "Periódicos Adventistas do Sétimo Dia" frequentemente destacam que "a disciplina divina, embora dolorosa no momento, é um sinal do amor de Deus e essencial para a purificação e o amadurecimento do caráter cristão, levando a uma colheita mais abundante."

b) Qual é o propósito final da frutificação na vida do discípulo (João 15:8)? Que tipo de "fruto" é esperado, de acordo com Gálatas 5? Leia João 15:8 e Gálatas 5:22-23.

Resposta: O propósito final da frutificação é que o Pai seja glorificado. O fruto esperado inclui o caráter de Cristo manifestado na vida do crente (o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio), bem como boas obras e a multiplicação de discípulos (fruto missionário).

    A frutificação não é uma opção para o crente, mas uma consequência inevitável da verdadeira união com Cristo. Ela serve como evidência externa de uma vida transformada e é o meio pelo qual o mundo reconhece e glorifica a Deus.


Conclusão e Aplicação: A verdade de Jesus como a Videira Verdadeira é um convite à profunda dependência e a uma vida de propósito. Ela nos lembra que nossa capacidade de viver uma vida cristã autêntica e frutífera não vem de nós mesmos, mas da união vital com Cristo. Permaneça Nele, submeta-se à poda amorosa do Pai, e veja sua vida glorificar a Deus com muito fruto.

Chamada para Ação: Você está buscando uma união mais profunda com Jesus, a Videira Verdadeira? Comente abaixo como você busca permanecer Nele diariamente. Compartilhe este estudo com amigos e colegas de estudo que desejam uma fé mais vibrante e frutífera. Deseja saber mais sobre como a vida de Cristo pode fluir em você?

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