Conduta Cristã
Em todas as suas manifestações, o estilo de vida cristão constitui uma resposta à salvação oferecida em Cristo. O cristão deseja honrar a Deus e viver como Jesus viveria. Embora alguns vejam o estilo de vida cristão como uma lista de coisas que não devem ser feitas, deveríamos preferencialmente enxergá-la como uma série de princípios positivos que agem no contexto ou estrutura da salvação. Jesus enfatizou que veio para que pudéssemos ter vida e em abundância. Quais são os princípios que nos conduzem à vida plena?
Quando o Espírito Santo entra na vida de um indivíduo, mudanças decisivas ocorrem ali, e se tornam evidentes a todos os que lhe estão à volta (Jo 3:8). O Espírito não apenas empreende uma alteração inicial na vida; seus efeitos são progressivos. O primeiro e mais destacado fruto do Espírito é o amor (Gl 5:22, 23). O mais poderoso argumento quanto à validade do cristianismo é um cristão amoroso e amável.
1. O que Deus espera de nós? Rm 12:1, 2.
O estilo de vida de um seguidor de Deus – manifesta-se em grata resposta à magnificente salvação de Deus por meio de Cristo. Paulo apela a todos os cristãos: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1, 2). Dessa forma, os cristãos voluntariamente protegem e desenvolvem suas faculdades mentais, físicas e espirituais, de modo que possam honrar a seu Criador e Redentor.
2. De que modo pode um cristão estar no mundo e separado dele? Jo 17:15, 16; I João 2:15-17.
Cristo orou: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também Eu não sou” (Jo 17:15, 16). De que modo pode um cristão estar simultaneamente no mundo e separado deste? Sob que aspectos deveria o estilo de vida do cristão ser diferente daquele do mundo?
Os cristãos deveriam adotar um estilo de vida diferente, não pelo capricho de serem diferentes, mas porque Deus os chamou para viverem por princípio. O estilo de vida ao qual Deus os chamou os habilitará a alcançar seu pleno potencial como criaturas divinas, tornando-os eficientes para o seu serviço. Ser diferentes também representa um aspecto de sua missão: servir o mundo – servir como o sal e como a sua luz. De que valor seria o sal sem sabor, ou a luz, se ela não diferisse das trevas?
Cristo é nosso exemplo. Viveu tão amplamente em contato com o mundo que as pessoas o acusaram de “comilão e beberrão” (Mt 11:19), embora não o fosse. Ele viveu de modo tão coerente com os princípios de Deus, que ninguém conseguiu acusá-lo de qualquer pecado (Jo 8:46).
3. Que efeito tem
sobre nós aquilo que contemplamos? 2Co 3:18.
Cinema, televisão, rádio e vídeo. Esses meios de comunicação podem desempenhar grande papel na educação. Eles “modificaram toda a atmosfera de nosso mundo moderno e nos colocaram em contato privilegiado com a vida, pensamento e atividades de todo o mundo”. O cristão deve se lembrar que a televisão e os vídeos exercem maior impacto sobre a vida de um indivíduo do que qualquer outra atividade isolada.
Desgraçadamente, vídeo e televisão, com suas apresentações teatrais praticamente contínuas, trazem para dentro dos lares influências que não são saudáveis e nem enobrecedoras. Se não exercermos discriminação e decisão, “eles transformarão nossos lares em teatros onde se apresentarão ‘shows’ da espécie mais barata e sórdida”. O cristão genuíno descartará os filmes e programas de televisão imorais, violentos e sensuais.
Os meios de comunicação de áudio e vídeo não são intrinsecamente maus. Os mesmos canais que retratam as maiores profundezas da maldade humana podem servir para a pregação do evangelho da salvação. Além disso, muitos outros programas edificantes são transmitidos. Mas as pessoas podem utilizar até mesmo os bons programas para se esquivarem das responsabilidades da vida. Os cristãos não apenas desejarão estabelecer princípios para determinar o que pode ser ouvido ou assistido, como também estabelecerão limites no tocante ao tempo que concederão aos programas, de tal modo que sua vida social e suas responsabilidades não sejam afetadas. Se não somos capazes de exercer a capacidade discriminativa ou se nos falta a força para controlar nossos aparelhos de rádio/televisão, é muito melhor que os dispensemos definitivamente do que permitir que governem nossa vida, quer por meio da poluição da mente, quer por consumir parcelas excessivas de tempo (Mt 5:29, 30).
Com respeito a nossa contemplação de Cristo, um importante princípio bíblico estabelece que “contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem” (2Co 3:18). A contemplação produz modificações. Mas o cristão deve lembrar que esse princípio também funciona pelo lado negativo. Os filmes que retratam graficamente os pecados e crimes da humanidade – assassinatos, adultérios, roubos e outros atos degradantes – estão contribuindo para a presente derrocada moral.
4. Que coisas devem
ocupar nossa mente?
O conselho de Paulo em Filipenses 4:8 estabelece um princípio que nos ajuda a identificar as formas de recreação que possuem valor: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
Leituras e músicas. Esses mesmos princípios elevados se aplicam às leituras e músicas do cristão. A música é um dom de Deus que inspira pensamentos puros, nobres e elevados. Boa música, portanto, estimula as mais finas qualidades de caráter.
Música de baixa qualidade, por outro lado, “destrói o ritmo da alma e rebaixa a moralidade”. Desse modo, os seguidores de Cristo evitarão “qualquer melodia que compartilhe a natureza do jazz, rock ou formas híbridas correlatas, ou qualquer linguagem que expresse sentimentos tolos ou triviais”. Os cristãos também não escutarão música que exalte demasiadamente o lirismo (Rm 13:11-14; 1Pe 2:11).
A leitura oferece igualmente muita coisa valiosa. Existe grande riqueza de literatura de boa qualidade, a qual cultiva e expande a mente. Entretanto, existe também um “dilúvio de literatura má, muitas vezes apresentada de modo atrativo, mas com a capacidade de danificar a mente e a moral. Os contos de aventura selvagem e de lassidão moral, quer sejam fato, quer sejam ficção”, são impróprios para os crentes em virtude de criarem aborrecimento diante de um estilo de vida nobre, honesto e puro e de estorvarem o desenvolvimento da união com Cristo.
Atividades inaceitáveis. Os adventistas também ensinam que o jogo, o carteado, o teatro e a dança devem ser evitados (1Jo 2:15-17). Ainda questionam o gasto de tempo ao assistir eventos esportivos violentos (Fp 4:8). Qualquer atividade que enfraqueça o relacionamento com o Senhor e contribua para que percamos de vista os interesses eternos ajuda Satanás a prender nossa alma com as suas cadeias. Em vez disso, os cristãos participarão daquelas formas sadias de atividades de lazer, as quais trarão refrigério à natureza física, mental e espiritual.
A bênção do vestuário cristão. Deus proveu as primeiras roupas para Adão e Eva e sabe que necessitamos de roupas adequadas nos dias de hoje (Mt 6:25-33). Deveríamos tomar nossas decisões no tocante ao vestuário com base nos princípios da simplicidade, modéstia, praticidade, saúde e atratividade.
1. Simples. Assim como ocorre em todas as demais áreas de nossa vida, os cristãos são chamados a praticar a simplicidade em seu vestuário. “O testemunho cristão convida à simplicidade. “O modo como nos vestimos demonstra ao mundo quem somos e o que somos – não como expressão de exigência legal, como na era vitoriana, mas como expressão de nosso amor a Jesus.”
2. De alta virtude moral. Os cristãos não irão macular a beleza de seu caráter com estilos que façam despertar o desejo da carne (1Jo 2:16). Uma vez que desejam testemunhar aos outros, se vestirão e agirão com modéstia, não acentuando as partes do corpo que estimulam desejos sexuais. A modéstia promove a saúde moral. O alvo do cristão é glorificar a Deus, não a si próprio.
3. Prático e econômico. Pelo fato de serem mordomos do dinheiro que Deus lhes confiou, os cristãos praticarão a economia, evitando o uso de “ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso” (1Tm 2:9). Praticar economia, contudo, não significa comprar o vestuário mais barato disponível. Muitas vezes, os itens de qualidade superior se tornam mais econômicos a longo prazo.
4. Saudável. Não é apenas a alimentação que afeta a saúde da pessoa. Os cristãos evitarão o uso de roupas que não protejam adequadamente o seu corpo, ou que causem compressão excessiva sobre o mesmo, ou que de qualquer outra forma venham a causar deterioração de sua saúde.
5. Caracterizado pela graça e beleza naturais. Os cristãos compreendem a advertência contra a “soberba da vida” (1Jo 2:16). Referindo-se aos lírios, Cristo disse que “nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles” (Mt 6:29). Ele ilustrou dessa maneira que a percepção de beleza, por parte do Céu, caracteriza-se pela graça, simplicidade, pureza e encantos naturais. Demonstrações mundanas, como as que se veem nas modas passageiras, não possuem valor aos olhos de Deus (1Tm 2:9).
Os cristãos ganham para Cristo os descrentes não por se parecerem com o mundo ou se conduzirem como este, mas por revelarem uma diferença atrativa e saudável. Pedro disse que cônjuges descrentes podem ser ganhos “por meio do procedimento de suas esposas, ao observarem o vosso honesto comportamento cheio de temor”. Em lugar de adornos exteriores, aconselha o apóstolo, concentrem-se os cristãos no desenvolvimento do “interior do coração, unido ao incorruptível traje de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus” (1Pe 3:4). As Escrituras ensinam que:
a. O caráter expõe a verdadeira beleza da pessoa. Tanto Pedro quanto Paulo expõem o princípio básico que deve orientar homens e mulheres na área dos adornos: “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário” (1Pe 3:3). “Que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)” (1Tm 2:9,10).
b. A simplicidade harmoniza-se com a reforma e o reavivamento. Quando Jacó convocou sua família para se dedicarem a Deus, entregaram ao patriarca “todos os deuses estrangeiros que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas”, os quais foram enterrados por Jacó (Gn 35:2, 4).
Depois da apostasia de Israel com o bezerro de ouro, Deus lhes ordenou: “Tira, pois, de ti os atavios, para que Eu saiba o que te hei de fazer.” Em penitência, eles “tiraram de si os seus atavios” (Êx 33:5, 6). Paulo mostrou claramente que as Escrituras registraram essa apostasia “para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1Co 10:11).
c. Mordomia adequada requer vida de sacrifício. Enquanto boa parte da humanidade se encontra subnutrida, o materialismo coloca diante do cristão as tentações que vão desde roupas caras, carros e joias, até casas luxuosas.
Simplicidade no estilo de vida e na aparência, coloca o cristão em notório contraste com a ganância, materialismo e ostentação da paganizada sociedade do presente século, onde os valores focalizam as coisas materiais em lugar das pessoas.
Em vista desses ensinamentos das Escrituras e dos princípios que aqui relacionamos, cremos que os cristãos não se devem adornar com joias.
Entendemos assim que o uso de brincos, anéis, colares e braceletes, bem como vistosos prendedores de gravata, abotoaduras e broches – ou qualquer outro tipo de joia cuja função principal seja de adorno – é desnecessário e não se harmoniza com a simplicidade de adorno recomendada pelas Escrituras.
A Bíblia associa os cosméticos pomposos com paganismo e apostasia (2Rs 9:30; Jr 4:30). No tocante a cosméticos, portanto, cremos que os cristãos deveriam manter a aparência natural e saudável. Se erguermos bem alto a figura do Salvador pelo modo como falamos, agimos e nos vestimos, nos tornaremos tais quais magnetos, atraindo pessoas a Ele.
Templos do Espírito Santo
Não apenas a igreja, mas também o cristão individual é um templo para a habitação interior do Espírito Santo. “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co 6:19).
Portanto, os cristãos praticam bons hábitos de saúde a fim de proteger o comando central de seus corpos-templos, a mente, o lugar de habitação do Espírito de Cristo. Por essa razão, os adventistas do sétimo dia – ao longo dos últimos 100 anos – têm salientado a importância de hábitos corretos de saúde. E essa ênfase tem compensado: pesquisa recente revelou que os adventistas têm muito menos probabilidade de contrair qualquer uma das grandes enfermidades da atualidade.
Como cristãos, preocupamo-nos tanto com os aspectos físicos quanto espirituais de nossa vida. Jesus, nosso modelo, curou “toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mt 4:23).
A Bíblia vê os seres humanos como uma unidade. “A dicotomia entre espiritual e material é estranha à Bíblia.” Assim, o chamado de Deus à santidade envolve um chamado tanto à saúde física quanto à espiritual.
As leis de Deus, que incluem as leis de saúde, não são arbitrárias, mas foram designadas por nosso Criador visando nos habilitar a desfrutar o melhor da vida. Satanás, o inimigo, deseja roubar nossa saúde, nossa alegria, nossa paz mental, e finalmente nos destruir (Jo 10:10).
As bênçãos de Deus para a saúde total
A obtenção da saúde depende da prática de uns poucos e simples – ainda que efetivos – princípios de autoria divina. Alguns são óbvios, e a maioria das pessoas não teria dificuldade em concordar com eles. Outros, tais como dieta adequada, são de aceitação mais difícil, uma vez que envolvem orientações e hábitos muito arraigados. Por essa razão, dedicaremos maior espaço àqueles princípios que são mal compreendidos, debatidos ou rejeitados.
A bênção do alimento nutritivo. Ao primeiro par, o Criador concedeu a dieta ideal: “Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a Terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento” (Gn 1:29). Depois da queda, Deus acrescentou a essa dieta “a erva do campo” (Gn 3:18).
Os problemas de saúde da atualidade tendem a centralizar-se nas moléstias do tipo degenerativo, que estão diretamente associadas à dieta e estilo de vida. A dieta planejada por Deus, consistindo de grãos, frutas, nozes e vegetais, oferece os ingredientes nutricionais adequados e favorece a saúde perfeita.
1. A dieta original. A Bíblia não condena o uso da carne de animais limpos. Mas a dieta original de Deus para o homem não incluía alimentos cárneos porque não era seu plano que fosse tirada a vida dos animais e porque uma dieta vegetariana balanceada é a melhor para a saúde – um fato a respeito do qual a ciência oferece hoje as maiores evidências. As pessoas que consomem produtos animais que contêm bactérias ou vírus podem ter sua saúde prejudicada. Estima-se que anualmente, apenas nos Estados Unidos, milhões sejam afetados por venenos relacionados com a carne de aves, visto que os serviços de inspeção falham em detectar contaminação por salmonela e outros organismos. Vários especialistas admitem que “a contaminação bacteriana representa um risco muitíssimo maior que os aditivos e conservantes químicos nos alimentos” e esperam o aumento da incidência de doenças provocadas por essas bactérias.
Adicionalmente, estudos levados a efeito em anos recentes indicam que o aumento no consumo de carne pode ocasionar aumento em doenças como aterosclerose, câncer, distúrbios renais, osteoporose e triquinose, contribuindo para reduzir a expectativa de vida.
A dieta ordenada por Deus no Jardim do Éden – a dieta vegetariana – é a melhor, mas nem sempre podemos dispor do ideal. Em tais circunstâncias, em qualquer localidade ou situação, aqueles que desejam manter a saúde em ótimo estado utilizarão o melhor alimento de que puderem dispor.
Alimentos cárneos limpos e imundos. Foi somente depois do dilúvio que Deus permitiu o uso de alimentos cárneos. Uma vez destruída toda a vegetação, Deus autorizou Noé e sua família a utilizarem alimentos cárneos, estipulando que não deveriam utilizar o sangue ao fazerem uso da carne (Gn 9:3-5).
Outra estipulação das Escrituras implica que aquilo que Deus deu a Noé como alimento foram os animais identificados por Deus como limpos. Foi pelo fato de que Noé e sua família necessitariam desses animais, tanto para alimento quanto para sacrifícios (Gn 8:20), que Deus o instruiu a tomar consigo, na arca, sete pares de todas as espécies de animais limpos, em contraste com apenas um par dos animais imundos (Gn 7:2, 3). Levítico 11 e Deuteronômio 14 apresentam uma lista extensa de animais limpos e imundos.
Por natureza, os animais imundos não constituem o melhor alimento. Muitos são tanto removedores de dejetos quanto predadores – desde o leão e o porco até o abutre e os peixes do tipo sugador, que habitam regiões profundas. Em vista de seus hábitos, é mais provável que sejam portadores de doenças.
Estudos revelaram que “em adição à razoável quantidade de colesterol encontrada tanto no porco quanto nos mariscos, ambos os alimentos contêm certo número de toxinas e contaminantes que se acham associadas ao envenenamento humano”.
Ao abster-se de alimentos impuros, o povo de Deus demonstra gratidão por sua libertação daquilo que corrompe, do mundo impuro que se encontra à sua volta (Lv 20:24-26; Dt 14:2). Introduzir qualquer coisa impura no templo do corpo, onde o Espírito de Deus deseja habitar, é ficar aquém do ideal de Deus.
O Novo Testamento não aboliu a distinção entre animais limpos e imundos. Alguns pensam que, pelo fato de as leis de saúde serem mencionadas em Levítico, eram meramente leis cerimoniais ou ritualísticas, que não mais estariam em vigor sob o cristianismo. Contudo, a distinção entre animais limpos e imundos retrocede à época de Noé – muito antes da existência de Israel. Sendo princípios de saúde, essas leis dietéticas carregam consigo uma permanente obrigação.
Regularidade, simplicidade e equilíbrio. Reforma de saúde que pretenda ter sucesso deve ser feita de forma progressiva e deve ser abordada inteligentemente. Com o decorrer do tempo, poderemos chegar a eliminar – ou apenas utilizar com extrema discrição – os alimentos com elevado teor de gordura e/ou açúcar.
Adicionalmente, deveríamos preparar os alimentos que utilizamos, de forma tão simples e natural quanto possível e, tendo em vista benefícios ainda maiores, iremos comê-los a intervalos regulares. Dietas complexas e estimulantes não são as mais saudáveis. Muitos condimentos e especiarias irritam o trato digestivo, e seu uso habitual está associado com um número considerável de problemas de saúde.
9. O que devemos fazer
para não ser motivo de tropeço? I Cor.10:32 e 33; Atos 24:16; I João 2:6.
Vivendo com a mente de Cristo. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2:5). Sob todas as circunstâncias, favoráveis ou adversas, deveríamos procurar a compreensão e a prática da harmonia com a vontade e a mente de Cristo (1Co 2:16).
Ellen White chama a atenção para os belos resultados de uma vida que é exercida dentro dessa espécie de relacionamento com Cristo: “Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele por tal forma se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o seu querer, que, obedecendo-lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o seu serviço. Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de o conhecer, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.”
Vivendo como um exemplo. Paulo recomendou que não nos tornássemos causa de tropeço para ninguém (1Co 10:32). “Também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens” (At 24:16). Se nosso exemplo encaminhar outros para o pecado, estaremos nos tornando pedra de tropeço para aqueles por quem Cristo morreu. “Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como Ele andou” (1Jo 2:6).
Vivendo para ministrar. Uma das maiores razões por que os cristãos vivem da forma como o fazem é a salvação de homens e mulheres perdidos. Paulo disse: “Assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” (1Co 10:33; cf. Mt 20:28).
10. Qual é o propósito de quem está unido a Cristo? I Cor. 10:31.
Os cristãos não vivem mais para si mesmos, “mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2Co 5:15). Todo cristão verdadeiro coloca a Deus em primeiro lugar naquilo que faz, em todos os seus pensamentos, e em todos os seus desejos. Ele não terá outros deuses à frente de seu Redentor (1Co 10:31).
Os cristãos que se acham realmente unidos a Cristo possuem apenas um ideal: farão o melhor possível para a honra de seu Pai celestial, que providenciou tão precioso plano para a sua salvação. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31).
Conclusão
Somos chamados para ser um povo piedoso que pensa, sente e age em harmonia com os princípios bíblicos em todos os aspectos da vida pessoal e social. Para que o Espírito recrie em nós o caráter de nosso Senhor, só nos envolvemos naquelas coisas que produzem em nossa vida pureza, saúde e alegria semelhantes às de Cristo. Isso significa que nossas diversões e entretenimentos devem corresponder aos mais altos padrões do gosto e beleza cristãos. Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e tranquilo. Significa também que, sendo o nosso corpo o templo do Espírito Santo, devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso, devemos adotar a alimentação mais saudável possível e nos abster dos alimentos imundos identificados nas Escrituras. Visto que as bebidas alcoólicas, o fumo e o uso irresponsável de medicamentos e narcóticos são prejudiciais a nosso corpo, também devemos nos abster dessas coisas. Em vez disso, devemos nos empenhar em tudo que submeta nossos pensamentos e nosso corpo à disciplina de Cristo, o qual deseja nossa integridade, alegria e bem-estar.
Somos chamados para ser um povo piedoso que pensa, sente e age em harmonia com os princípios bíblicos em todos os aspectos da vida pessoal e social. Para que o Espírito recrie em nós o caráter de nosso Senhor, só nos envolvemos naquelas coisas que produzem em nossa vida pureza, saúde e alegria semelhantes às de Cristo. Isso significa que nossas diversões e entretenimentos devem corresponder aos mais altos padrões do gosto e beleza cristãos. Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e tranquilo. Significa também que, sendo o nosso corpo o templo do Espírito Santo, devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso, devemos adotar a alimentação mais saudável possível e nos abster dos alimentos imundos identificados nas Escrituras. Visto que as bebidas alcoólicas, o fumo e o uso irresponsável de medicamentos e narcóticos são prejudiciais a nosso corpo, também devemos nos abster dessas coisas. Em vez disso, devemos nos empenhar em tudo que submeta nossos pensamentos e nosso corpo à disciplina de Cristo, o qual deseja nossa integridade, alegria e bem-estar.
Referências
Bíblia Online Nova Almeida Atualizada
Nisto Cremos